Tenho que ser justa e dizer uma coisa a vocês: grande parte do que escrevo aqui não é mérito meu, mas das coisas que leio, dos videos de assisto, das conversas que tenho. Portanto, sempre que eu me lembro, cito a fonte das ideias que expresso - sinal do meu respeito e, como aprendi em pesquisa, uma atitude ética.
Essas ideias eu aprendi assistindo os videos da Flávia Melissa, portanto, pra quem quiser é só colocar o nome dela no Google e ver os materiais que ela disponibiliza. Gosto bastante da forma como ela aborda a vida e, mais especificamente, acho bacana quando ela fala dessa coisa de energia, das dualidades e influências na vida da gente, na "vida nossa de cada dia".
Sendo assim (e parando de me estender tanto na introdução!), parto pro que quero, de fato, falar. Nos últimos meses tenho me deparado com a emoção do medo. Claro que, como todo ser vivo, sinto medo e concordo que ele nos protege, e blablablá... Mas aqui estou falando do medo que atrapalha a vida da gente. Daquele medo que fica rondando a nossa cabeça nas horas vagas do dia, ou na hora de dormir, em que tudo lá fora é silêncio, mas a mente insiste em tagarelar.
Medo do futuro, medo do que vai ser, medo de não dar certo aquele sonho, medo de vivenciar experiências ruins. Medo...
Eu me lembro que, da primeira vez que engravidei (e perdi - na verdade, engravidei e perdi duas vezes no período de 1 ano), eu sentia alegria e muito medo. Como toda futura mamãe, eram os medos característicos de dar tudo certo, bebê com saúde, etc. Mas às vezes esse medo me dominava e eu não conseguia curtir a alegria que o momento sugeria! E, depois da perda, parecia que esse medo, estranho intruso que não saía da minha cabeça, me dizia: Tá vendo, tinha mesmo motivo pra você ter medo!
Na segunda vez foi pior. Muito mais medo. Medo de viver tudo de novo. Medo de enfrentar o pesadelo de novo. E, nesses momentos, eu me criticava, eu secretamente me punia, me culpava porque pensava: "Meu amor pelo bebê tem que ser maior do que meu medo"!. Mas essas coisas não funcionam bem assim, de forma racional. E... infelizmente, meu medo se confirmou novamente: era minha segunda perda.
Cheguei a pensar que esse medo era, na verdade, minha intuição, sinalizando que algo não ia bem. Depois de fazer mil exames e estar, ainda, aguardando pareceres, são muitas as perguntas na minha cabeça. Depois da célebre "por que eu, por que nós"?, estou tentando fazer como um dos médicos que me consultou sugeriu: "Tente encarar como algo que faz parte da natureza". É isso que tenho tentado fazer. Me ater às estatísticas tão altas de perdas seguidas de sucessos. E me lembrar das palavras da Flávia Melissa: entregue, confie, acolha seus medos. Procure olhar de maneira amorosa e grata pelos acontecimentos e eles deixarão de ser um problema... e a vida fluirá.
Lição árdua... mas, vamos em frente. Afinal, não nos resta outra alternativa! Quando sentir medo, procure o amor. Pessoas e coisas que você ama. O amor nos fortalece!!!